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Quanto custa sua felicidade?



Quando pensamos em mudar de carreira, frequentemente, buscamos um trabalho que nos traga maior satisfação e realização pessoal, mas muitas pessoas consideram que uma mudança só será bem sucedida se também vier acompanhada de um ganho financeiro maior. Será?


Claro que o ideal é poder juntar tudo isso: encontrar um novo trabalho que me faça mais feliz, seja por me proporcionar maior qualidade de vida ou maior realização pessoal, e que, ao mesmo tempo, me remunere melhor. Quem não quer? Felizmente, muitos conseguem. No entanto, essas coisas nem sempre vêm acompanhadas. Talvez você se encontre na incômoda situação de ter que escolher entre ganhar menos para trabalhar com algo de que goste mais ou se manter no trabalho atual, que já não te agrada mais, só para manter seu padrão de vida. Se esse for o seu caso, recomendo a seguinte reflexão.


Procure responder com sinceridade à seguinte pergunta: “De quanto você precisa para ser feliz?”. Procure fazer uma conta de quanto de fato você precisa ganhar para ter uma boa vida. Sei que isso é relativo e depende de cada um, mas se você tiver um número em mente, isso te ajudará na decisão. Não sei, mas minha impressão é a de que muitas pessoas acabam pagando um preço muito alto, do ponto de vista pessoal, para manter um padrão de vida elevado. Acabam abrindo mão dos cuidados com a sua saúde física e mental, ou do tempo com a família, amigos ou lazer, para garantir um salário polpudo no final do mês. Será que vale a pena? Você conseguiria abrir mão de algum luxo, ou de supérfluos para viabilizar sua mudança e ter maior cuidado com você mesmo?


Conheço muitas pessoas que abriram mão de parte de seus ganhos para trabalhar com algo que lhes dá maior satisfação e realização e não se arrependem disso (inclusive eu). Uma amiga abriu mão de um cargo de diretora de RH para se tornar coordenadora de treinamento e desenvolvimento em outra empresa e está feliz da vida! Um outro amigo abandonou um cargo executivo para se tornar palhaço (imagine quanto não reduziu seus ganhos...) e também não se arrependeu. Tenho clareza de que nem todos podem se dar esse luxo. Por isso, cada um deve avaliar suas circunstâncias de vida, necessidades, situação financeira atual e estabelecer objetivos. Às vezes, poderá ser necessário que você se mantenha por mais alguns anos na sua carreira atual de forma a conseguir fazer uma economia que te permita fazer sua mudança de forma mais segura no futuro. Cada caso é um caso...


Considere também que, ao se fazer uma transição, há um período de tempo – que às vezes pode levar anos – onde normalmente nossa renda cai, independentemente de quanto será nosso ganho na nova profissão. É o tempo que levamos para nos prepararmos para uma nova atividade e para construir uma nova reputação. Esse período muitas vezes também demanda algum investimento financeiro, seja em um novo negócio ou em estudos e cursos preparatórios.


Por isso, se você pensa em mudar de carreira, procure fazer um bom planejamento financeiro que considere o curto, o médio e o longo prazo para diminuir as incertezas da transição. Faça do seu jeito ou com a ajuda de coaches financeiros, mas faça. Não permita que as incertezas financeiras, paralisem seu projeto de mudança. Se, nesse meio tempo, puder fazer um pé-de-meia, melhor ainda!

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